quinta-feira, 14 de agosto de 2008

elo de ligação

Elo de ligação


A obra que me levou aos “caminhos da liberdade”, livro escrito por Jean Paul Sartre foi uma música da banda “Engenheiros do Hawaii”. Essa música chamasse “Guardas da Fronteira”. Então existiu um elo de ligação entre eu e a obra literária transcrita por Jean Paul Sartre (filósofo francês que já faleceu) através de um trecho da música que dizia “não sou eu o mentiroso”, foi Sartre que escreveu o livro!.
A citação me chamou atenção, pesquisei na rede mundial de computadores, encontrei o livro “caminhos da liberdade”. Gostei do nome e baixei. Provavelmente era esse mesmo o livro no qual a música se embasava. Esse livro fala sobre estarmos todos presos e sem escolha.
Houve incontáveis elos de ligação até minha atual namorada e não é sobre eles que esse relato se trata. O relato descreve apenas um evento “encontrar e conversar um pouco com Humberto Gessinger (vocalista e compositor da banda Engenheiros do Hawaii).”
Seria uma tarde monótona (nem tanto) de quarta feira, exceto pelo fato da minha namorada me chamar atenção pelo meio de comunicação de um programa de mensagens instantâneas com nome de “messenger”. Ela disse mais ou menos assim:
- Fábio, Fábio, está aí?
Eu disse:
- Fala Col, estou sim! (Já imaginei que a guria tinha sido demitida ou algo do tipo, parecia ser sério – e era para mim ao menos – gente, isso é raro, algo ser sério para mim).
Ela:
- Guri, tu não vai acreditar, mas o Humberto está na feira do livro.
Eu:
- Cara, que bacana, nem acredito, mas Col, olha só, não vou, se ele me ignorar vou ficar triste e tudo mais.
Ela:
- Ahh, vai lá, não custa nada, vai e diz: -Oi.

Então eu fui mesmo. E esse foi o elo de ligação que me levou até a feira do livro da cidade de Novo Hamburgo.
Chegando a feira do livro iniciei a procura pelo vocalista. Olhei em tudo que foi canto e nada. Então resolvi ir tomar um café pensando para mim mesmo. Tudo bem, talvez tenha outra oportunidade. Quando entrei porta a dentro da lancharia quem eu encontro? Sim, senhoras e sem dores. Ele! Estava lá num canto, sentado a uma mesa com seus cabelos cumpridos, a barba por fazer, aparência era a mesma das fotos recentes que havia olhado. Ao lado da secretaria municipal de cultura, falando num microfone para um desses programas de televisão. Falava meio monossilábico, sempre admirei isso nas pessoas. Era o caso dele.
Quando uns dois ou três fãs haviam ido embora eu me aproximei, falei um bocado com ele, cerca de dez ou quinze minutos, nem sei se deu tudo isso. Estava nervoso para caramba. Mas tudo certo, expliquei o lance da música, agradeci por ele existir, debochei da camiseta do time (grêmio) que ele usava. Apertei a mão dele e bati uma foto para guardar de recordação.
E que os muros e as grades caiam! Porque o medo nos leva a tudo, sobretudo a fantasia, então erguemos os muros que nos dão a garantia que morreremos cheios de uma vida tão vazia

4 comentários:

Caroline Schilling disse...

medo??
isso me lembrou o teatro mágico:

"O primeiro senso é a fuga.
Bom...
Na verdade é o medo.
Daí então a fuga.
Evoca-se na sombra uma inquietude
uma alteridade disfarçada...
Inquilina de todos nossos riscos...
A juventude plena e sem planos... se esvai
O parto ocorre. Parto-me.
Aborto certas convicções.
Abordo demônios e manias"

sim, eu disse: vai lá Fábio... vai e diz: Oi!
depois é depois...

Lost Princess disse...

grande quarta-feiraa essa hein? 'rs

menina disse...

as coisas que são importantes pra gente... são estranhas, né?

não sei se existe alguém famoso que eu gostaria de apertar a mão... o que não significa que eu não seja agradecida por muitas obras já feitas nesse mundo...


ah, libera os comentários pra "nome/url"... eu morro de preguiça de ficar logando pra comentar...

Anônimo disse...
Este comentário foi removido pelo autor.