terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Elas e a madrugada....


E elas dormem no quarto ao lado, enquanto eu na cozinha fecho balanços, encontro soluções, procuro uma forma de me manter vivo no mercado de trabalho, luto com prazos, GIAS, o inferno a burro-cracia brasileira. Penso neste curto período como seria minha vida sem minha filha. Nem eu mesmo sabia o quanto era vazia minha vida, o quanto ela não valia a pena se viver. Não quero o mundo só para mim, Sartre uma vez escreveu que a liberdade só é plena se alcançada no coletivo. Fico imaginando como é no Rio de Janeiro, como é um pai enterrar um filho, como é a guerra. São apenas notas mentais para um dia qualquer. Como foi o holocausto. Como é tão tênue e ingênua ou não a livre escolha. Escolhi ser livre e por isso não tenho escolha, liberdade é isso. Nem sempre é fazer o que quero, fazer sempre o que quero tem outro nome: chama-se libertinagem...