E elas dormem no quarto ao lado, enquanto eu na cozinha
fecho balanços, encontro soluções, procuro uma forma de me manter vivo no
mercado de trabalho, luto com prazos, GIAS, o inferno a burro-cracia
brasileira. Penso neste curto período como seria minha vida sem minha filha.
Nem eu mesmo sabia o quanto era vazia minha vida, o quanto ela não valia a pena
se viver. Não quero o mundo só para mim, Sartre uma vez escreveu que a
liberdade só é plena se alcançada no coletivo. Fico imaginando como é no Rio de
Janeiro, como é um pai enterrar um filho, como é a guerra. São apenas notas
mentais para um dia qualquer. Como foi o holocausto. Como é tão tênue e ingênua
ou não a livre escolha. Escolhi ser livre e por isso não tenho escolha,
liberdade é isso. Nem sempre é fazer o que quero, fazer sempre o que quero tem
outro nome: chama-se libertinagem...
terça-feira, 13 de fevereiro de 2018
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