quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Capítulo Dois - Ana


Ana é um pseudônimo para uma pessoa real. Sim, ela existe! Uma velha paixão. Todo mundo tem alguém de quem gostou muito. Por um motivo ou outro acabaram separados. Eu tenho ela, Ana. Ana tem um metro e cinquenta. A primeira vez que ficamos fiz uma lista de três itens. Ensinar ela a nadar. Ensinar ela a andar de bicicleta e a andar de carro. Graças ao reencontro só falta ela aprender a nadar. Quando nós nos reencontramos estava tão mal, me sentia feio. Incapaz, pensava em suicídio ao menos duas vezes por semana. Tão distante de mim, havia pouco amor próprio. Ana me amou antes mesmo que eu pudesse me amar. Senti todo esse amor. Me senti vivo. Afinal, aqueles olhos castanhos, aquele rosto, Ana era um sonho. Me convidou naquele domingo para um filme. Ela sabia que eu não tinha onde ficar. Me ofereceu abrigo. Eu fiquei, afinal, nada mal aquela casa. A máquina de lavar louças automática, seus quatro gatos. O cachorro..... Minha filha adorou Ana. Ela (minha filha) dizia: Amiga é tão linda, amiga não é bruxa pai. Ana estuda psicologia. Sabe mesmo como lidar com criança, com adultos. Parece que nasceu para isso. Então, com todo esse amor em pouco tempo comecei a reagir. Andar de bicicleta, academia, fazer terapia. Minha vida voltou a fluir, fazia tanto tempo que eu não me sentia vivo. Ana e eu fomos a São Paulo (posso afirmar, o começo do fim foi a viagem). Então, nós nos afastamos de novo. Ainda bons amigos. Finalmente uma relação acaba e saio muito melhor do que entrei. Com animo para a vida como ela é. Com amor por mim, nem sempre gosto do que meu diário revela. Mas vejo meus passos num caminho de muita esperança e sou muito grato ao universo por deixar esse outro momento com Ana.

quinta-feira, 5 de setembro de 2019

PRIMEIRO CAPÍTULO - O DIVÓRCIO E A PATERNIDADE


O divórcio e a paternidade

            Deveria mesmo era começar escrevendo “obrigado divórcio por me tornar pai”. Minha filha havia nascido em janeiro de 2017, parecia que a ficha não havia caído na época. Sentia apenas responsabilidade financeira sobre o evento. O tempo foi passando, pude em dois ou três momentos ficar só com ela ao sábados, enquanto a mãe estava na Faculdade. Mas isso realmente não era ser pai. Quando a mãe tinha que fazer algo procurava minha madrasta, a qual minha filha chama de vó, aliás, eu próprio chamo minha madrasta de vó da minha pequena. O fato é: eu era apenas uma figurinha, como se não tivesse responsabilidade ou aptidão para cuidar de uma criança que nem sequer tinha altura do meu joelho ainda...
            Então o divórcio, em abril desse ano. É, no duro mesmo, separação, sair de casa. Nesse momento o afastamento completo do convívio com minha pequena, uma luta, uma busca desesperada para ficar perto e foi um mês depois que tive uma atitude muito maluca: Minha filha na casa da vó disse: Vamos embora pai!. Eu imediatamente concordei com ela, contrariando a vontade de todos; exceto a minha própria e de minha filha fui até a churrascaria com espaço kids, me servi, servi minha pequena, brinquei com ela, comi, literalmente sumi por cerca de três horas, até aparecer com ela. Depois desse dia tudo começou a mudar. A levei para o shopping sozinho, a levei para andar de bicicleta sozinho, criei um vínculo paterno com minha filha, hoje sei que ela me ama. Que ela quer estar na minha presença, que ela pergunta do papai. Ela sorri quando a vejo na escolinha, ela dorme um final de semana sim e um não comigo e quando estou com ela, estou com ela, ela tem minha atenção integral, não há tempo para mexer no celular, para qualquer outra coisa que não seja estar com aquele pequeno (grande) ser. Em agosto desse ano saiu a decisão que me permite dormir com ela as quartas feiras e um final de semana sim e um não. E são momentos felizes, é uma festa da alma poder ver, estar e participar do desenvolvimento da minha pequena com a sensação de estar realmente sendo pai. Levar ela a um balanço, embalar, quando ela quer que eu seja um personagem da patrulha canina, ou ainda, o lobo mal, ou se ela quiser até mesmo que eu não seja nada, feliz eu sou um NADA DE AMOR pela minha pequena.
            Nesse momento finalizo o texto dizendo “obrigado divórcio por me tornar verdadeiramente pai”. Obrigado universo a realizar meu pedido de tantos anos em experimentar a paternidade em sua plenitude.

terça-feira, 28 de maio de 2019

AMOR OU DESAMOR


É melhor sofrer por amor do que por desamor!

Mas que amor te fará sofrer?
Nenhum, não há o que temer, não há nada, é seguro, é bom, é tranquilo, é pleno.
Todos procuram a felicidade nas coisas, a satisfação e essa pode ser obtida de várias maneiras, a única certeza é que para cada escolha haverá sempre um preço certo a pagar!
E qual o preço que se paga pela morte viva? Pela meia vida...
Num dia cinza três capítulos próximos seguirão