quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Desvios de rota

Desvio, mudo e movo feito a moda de mais um comercial
Limito e imito para ficar diferente
Bem igual ao filme da tela quente
Nesse tempo eu finjo que tenho escolha

Pelo voto secreto
Pelo modo correto
Pelo caminho reto
Do círculo eterno

No dia a dia guardo minha alegria
Esperando poder abrir a caixa cheia de fantasia
Você pode esperar por mim?
Fico projetando a hora que nunca vai chegar

Acelero, sempre com presa.
Mas parece que já passei por essas rotas
Eu continuo, eu nem questiono.
Engulo, sigo, prossigo.

Quando alguém xinga eu xingo
Quando alguém grita eu grito
Quando morde eu mordo
Quando mata se morre

Quando não se sabe eu finjo saber
Dos destinos, das escolhas, das filosofias
Eu que sei, eu que tenho, eu que vou chegar a lugar algum

Mas eu tenho tanta presa.
Ando tão louco e o fogo começa a arder
Numa ânsia de suprir
Numa impotência de subir essa eterna descida
Esse retorno eterno
Essa roda errada
Essa rota virada.

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